Trio +1 & Orquestra
Na música do Brasil (assim como em outros países da América) – a fronteira entre o erudito e o popular sempre foi indeterminada. Compositores eruditos muitas vezes se utilizaram de motivos populares para suas obras E por outro lado , músicos populares – arranjadores, compositores e instrumentistas, em algum ponto de sua carreira se aproximaram do universo erudito.
Este fluxo e troca constante é provavelmente um dos fatores que contribuíram para o alto nível de uma parte importante da música brasileira.
No caso do Núcleo Contemporâneo, temos desenvolvido diferentes iniciativas que propõem este diálogo. A partir da música tradicional brasileira – como no caso do Clareira, da música instrumental urbana – o Trio + 1, e até mesmo de projetos contemporâneos que incluem a manipulação eletrônica como o Sons de Sobrevivência.
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O Projeto Trio+1
O desafio dos músicos Benjamim Taubkin (piano), Sérgio Reze (bateria) e Zeca Assumpção (contrabaixo) e Joatan Nascimento (trompete), tem sido experimentar, inovar e criar uma música brasileira nessa formação sucinta e amplamente utilizada.
O projeto procura inovar ao buscar elementos da linguagem erudita e das diversas tradições brasileiras para compor seu diálogo. Outro desafio – e inspiração –, é a possibilidade de pensar o equilíbrio entre a premeditação – a obra composta e arranjada – e o improviso. O resultado é uma sonoridade sofisticada e brasileira – com momentos de liberdade absoluta, sem perder a referência da composição.
Entre as obras, um belo choro de Jacob do Bandolim; Pérolas. Outros destaques: O circo chegou, O Sabiá Voou e O Deserto é aqui, de Benjamim Taubkin, Baianinho, de Joatan Nascimento e a transcendente composição de Baden Powell e Vinicius de Morais; Consolação.
Neste projeto especial com orquestra sinfônica – os músicos do Trio + 1 se aventuram pelo repertório da Bossa-Nova , em clássicos de Tom Jobim e Luis Eça entre outros. O concerto nasceu a partir de um convite da Orquestra Tonkustler de Viena, para uma apresentação especial na Austria em 2013 , no auditório de Greffeneg – quando tocaram para um público estimado em 2.500 pessoas. Os arranjos feitos por Tiago Costa , contemplam uma ampla visão orquestral , sem perder a leveza que sempre caracterizou este gênero musical.
