Benjamim Taubkin e Ivan Vilela
Dois artistas que se unem para criar um novo espetáculo, profundo, que transita por diferentes paisagens sonoras brasileiras, abordando tanto a música urbana, como as referências dos interiores do país.
O encontro propõe a união desses dois artistas com influências distintas para construírem um repertório inédito. Multifacetados, Taubkin e Vilela caminham juntos na relação similar que possuem com seus instrumentos.
O espetáculo apresenta composições de Vilela e Taubkin, além de canções da obra de Milton Nascimento, dos anos 60 e 70.
O projeto, por Benjamim Taubkin
“Sempre fui tocado pela maneira como o Ivan lida com a viola. Pensando agora, parece a natureza muito bem acabada. O contorno da montanha muito bem desenhado. Uma bruma que não oculta o essencial. Com uma luz clara.
O que quero dizer com isto é que sua música é natural por ser de raiz em contato profundo com as tradições brasileiras. Mas tão bem acabada e construída, que acaba por penetrar em outro território – que é do trabalho elaborado, dos cuidados da música de autor. Daquilo que quando é simples, já não se sabe se é síntese ou começo.
O piano e a viola têm muitos assuntos. E uma plateia de harmônicos – que somados dão uma multidão. E que também permite a transparência e o silêncio.
É um privilégio para mim participar deste encontro, em um espaço com tanta história musical – em um projeto que visita mestres do nosso país e do mundo. E sentir que tudo isto aconteceu em duas noites, que espero sejam encantadas para todos.”
O projeto, por Ivan Vilela
“Benjamim Taubkin é um músico e pesquisador que tem mesclado seu talento a diversas vertentes da música, gravando com grupos voltados às culturas populares brasileiras e às sonoridades chamadas étnicas de várias localidades do mundo.
Estou contente por partilharmos o mesmo palco por pensar que temos indagações semelhantes em nossos instrumentos, o piano, dele e a viola, minha; o da fusão de elementos musicais distintos. Quando tocamos pensamos não só em harmonias e melodias, mas também em texturas, ambiências e sensações dizíveis apenas por linguagens sem palavras.
Que a luz nos ilumine para que possamos levar ao público o que temos de melhor morando dentro de nós.”