Em seguida a Coréia, vou direto a França para um encontro do EFWMF – Fórum Europeu do Festivas de Músicas do Mundo.

O encontro acontece dentro de um Festival em Calvi, uma bonita cidade na ilha francesa de Córsega.

Centrado em torno da voz e do canto polifônico, é organizado por um grupo vocal local – o A Filetta – um dos projetos mais bonitos que ouvi recentemente.

Baseado nos cantos tradicionais da Córsega – que estavam de certa forma desaparecidos – , o A Filetta é um dos grupos que trouxe novamente a tona esta música e esta forma de cantar.

No caso deles, estendendo-a um projeto próprio, autoral e mais amplo.

Outros grupos locais, que são as confrarias, procuram recriar e seguir os cantos tradicionais.  São ligados às igrejas. E têm alguns de seus ritos tradicionais totalmente baseados na música.

Este festival procura reunir assim vários conjuntos – em geral de 4 a 6 integrantes que praticam o conto polifônico – a várias vozes (em geral 3) em todo o mundo.

Este ano, estiveram presentes grupos da Albânia, Sibéria, Itália, Armênia e da própria ilha.

Há também a participação de cantores, solistas e de seus projetos. O que mais me chamou atenção pela excelência dos músicos e originalidade foi o projeto da cantora Houria Aïchi.

Calvi

A região é muito linda. Montanhas, mar… E especialmente as construções mais antigas. Os concertos aconteceram em duas igrejas medievais simples e muito bonitas.

Com capacidade para trezentas, quatrocentas pessoas. O que me faz pensar, nestas questões de sustentabilidade, tamanhos. Small is beautiful. E de fato é.

Todos os músicos permaneceram durante todo o Festival, comiam no mesmo espaço (uma casa que é sede do A Filetta), e os encontros aconteceram naturalmente.

Bons sons. Bons dias.