Sons de Sobrevivência & Orquestra
Na música do Brasil (assim como em outros países da América) – a fronteira entre o erudito e o popular sempre foi indeterminada. Compositores eruditos muitas vezes se utilizaram de motivos populares para suas obras E por outro lado , músicos populares – arranjadores, compositores e instrumentistas, em algum ponto de sua carreira se aproximaram do universo erudito.
Este fluxo e troca constante é provavelmente um dos fatores que contribuíram para o alto nível de uma parte importante da música brasileira.
No caso do Núcleo Contemporâneo, temos desenvolvido diferentes iniciativas que propõem este diálogo. A partir da música tradicional brasileira – como no caso do Clareira, da música instrumental urbana – o Trio + 1, e até mesmo de projetos contemporâneos que incluem a manipulação eletrônica como o Sons de Sobrevivência.
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O Projeto Sons de Sobreviência
Sons de Sobrevivência é o resultado da parceria entre o pianista Benjamim Taubkin e o Soukast (duo de percussão formado por Simone Sou e Guilherme Kastrup).
O Soukast utiliza os mais diversos objetos e instrumentos – baterias, tambores, vidros, panelas, tampas – para construir composições com elementos da música tradicional brasileira, como jongos, congadas, cantos de Orixás. Do outro lado, o pianista, compositor e arranjador Benjamim Taubkin encontra ou cria harmonias, contracantos e improvisos no piano em um fluido diálogo com a percussão e os ritmos que Simone e Guilherme apresentam. Desde 2010, os três realizaram diversos concertos, inclusive em um projeto especial na série de 2011 ao lado da Orquestra Jazz Sinfônica e em 2013 com a Tunkustler Orchestra na Áustria.
Neste diálogo com a Orquestra – a música nasce dos desafios rítmicos apresentados pelo trio. O grupo orquestral responde muitas vezes com uma densa massa sonora . Outras vezes com comentarios melódicos e timbrísticos , cobrindo as percussões e o piano , com cores inesperadas.
